sexta-feira, 25 de julho de 2008

Prémio Camões








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"António Lobo Antunes recebeu esta tarde o Prémio Camões, numa cerimónia que decorreu nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, na presença dos chefes de Estado de Portugal e Brasil. Para o presidente do júri, Fernando Martinho, o escritor é "um dos que melhor cumpre os objectivos" do galardão."

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Audio "leitura"

Feito com base no livro das Edições ASA, Cabelinhos-de-ouro e os três ursos, aqui fica uma experiência da história passada a "audio-livro" (ilustrações do livro da editora referida).


sábado, 12 de julho de 2008

Projecto a Ler +

"O Projecto A Ler + é uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura, da rede de Bibliotecas Escolares e da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas, concebido com base no projecto Reading Connects, do National Reading Trust, do Reino Unido. Consistindo na criação de uma cultura de escola em que o prazer de ler e a leitura são elementos centrais e transversais a todas as actividades curriculares e extracurriculares, o projecto foi apresentado na Fundação Gulbenkian no dia 20 de Junho, com a intervenção de vários especialistas nacionais e ingleses, como Isabel Alçada, Alexandra Marques, Anabela Martins, Paula Morão, Sarah Osborne, Louise Kanolik e Chris Lamb."
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In Jornal de Letras (n.º 985)

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Para saber mais, clique nas seguintes entradas:
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  1. Projecto a Ler + envolve 33 escolas no próximo ano lectivo
  2. Apresentação pública [PDF]
  3. Brochura de apresentação [PDF]
  4. Orientações [PDF]


[in Dizedores por Hélder]

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Ode aos livros

Nós,
os poetas caminheiros,
explorámos o mundo, a cada porta
recebeu-nos a vida,
participámos na luta terrestre.
A nossa vitória qual foi?
Um livro, um livro cheio
de contactos humanos,
de camisas, um livro
em solidão, com homens
e ferramentas, um livro
é a vitória. Vive e cai
como todos os frutos,
não só tem luz,
não só tem sombra,
apaga-se,
desfolha-se,
perde-se de rua em rua,
despenha-se na terra
Livro de versos
de amanhã, volta
outra vez a ter neve ou musgo
nas tuas páginas
para que os pés
ou os olhos vão gravando sinais:
descreve-nos
de novo o mundo, as fontes
entre a espessura,
os altos arvoredos,
os planetas polares,
e o homem
nos caminhos,
nos novos caminhos,
avançando
na selva, na água, no céu,
na mais nua solidão marinha,
o homem
descobrindo os últimos segredos,
o homem
regressando com um livro,
o caçador
tornando a casa com um livro,
o camponês
lavrando com um livro.

Pablo Neruda

Leia o que quiser, onde quiser... mas leia!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A Lida da Poesia

Durante as aulas de Português da turma 10.º 3, foi lançado o desafio aos alunos de escolherem poemas e tentarem conceber todo um enquadramento para os mesmos, o que passava por fazer ligeiras alterações no espaço da sala de aula, bem como adornar este mesmo espaço com objectos que se enleassem com os textos. A música acabou por ter, também, um papel importantíssimo na criação de um cenário de envolvência mística.

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Para aceder aos poemas lidos pelos alunos clique aqui.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Parabéns, Fernando Pessoa! (13 de Junho de 1888)

Aniversário

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui - ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça,
com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.

Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Álvaro de Campos 15-10-1929

terça-feira, 10 de junho de 2008

Literatura Portuguesa

Está patente uma exposição de Literatura Portuguesa no átrio do 1.º pavilhão da nossa escola. Esta exposição é da responsabilidade do Grupo Disciplinar de Português, tendo como promotores todos os professores desta disciplina do 5.º ao 12.º ano.

Aqui ficam algumas imagens:

terça-feira, 6 de maio de 2008

Vencedora do concurso de poesia "Dia da Mãe"

A vencedora do concurso foi Jolene Vieira, da turma 10.º1, tendo sido contemplada com um jantar, no restaurante O Pescador, e o livro Contos da Montanha, de Miguel Torga.

Aqui fica o seu poema:

Mãe

Tempo: ladrão fugaz...
Encontro-te na imensidão do pensamento –
o lugar de sempre
que sei ser a única a conhecer.
Diligencio prender-me ao momento
mas alastra-se em mim
o medo de, talvez, não poder.
Ainda assim, sinto-te:
és aquela presença tão abstracta quanto real
de quem partiu deixando a promessa de ficar...
Sentimento puro e imortal...
És a voz do silêncio que só eu consigo escutar
e fragmento de paz no turbilhão dos meus dias...
És o despertar do vigor nas profundezas do meu ser
e libertação da esperança das grades do meu desespero...
Mãe é tudo o que de concreto o amor pode ter.
És a companhia da minha solidão...
Mas és, também, a razão
desta lágrima na minha face –
reflexo de saudade...
Na verdade
palavras nunca serão capazes de descrever o que és para mim...
Tento, ainda assim...
Tempo: ladrão fugaz...
Mas mais forte do que ele
e que tudo o que possa haver
há este alguém...
Nunca deixei de amar-te, Mãe!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Concurso de Poesia "Dia da Mãe"

Este concurso destina-se a todos os alunos da nossa escola e consiste na elaboração de um poema dedicado à mãe.
Serão atribuídos prémios aos três primeiros classificados, que incluem um almoço/jantar, uma moldura e livros.
O concurso decorre até 24 de Abril de 2008. Para mais informações e para leitura do regulamento, consulta a página da escola. (http://www.ebs-santana.pt/)