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Para aqueles que gostam de livros... e de ler... para si e para os outros. Notícias, eventos, actividades, concursos, e algo mais... sempre (ou quase sempre) relacionados com livros e leitura.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
A Lida da Poesia
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sexta-feira, 13 de junho de 2008
Parabéns, Fernando Pessoa! (13 de Junho de 1888)
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui - ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça,
com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Álvaro de Campos 15-10-1929
terça-feira, 10 de junho de 2008
Literatura Portuguesa
Aqui ficam algumas imagens:
terça-feira, 6 de maio de 2008
Vencedora do concurso de poesia "Dia da Mãe"

Aqui fica o seu poema:
Mãe
Tempo: ladrão fugaz...
Encontro-te na imensidão do pensamento –
o lugar de sempre
que sei ser a única a conhecer.
Diligencio prender-me ao momento
mas alastra-se em mim
o medo de, talvez, não poder.
Ainda assim, sinto-te:
és aquela presença tão abstracta quanto real
de quem partiu deixando a promessa de ficar...
Sentimento puro e imortal...
És a voz do silêncio que só eu consigo escutar
e fragmento de paz no turbilhão dos meus dias...
És o despertar do vigor nas profundezas do meu ser
e libertação da esperança das grades do meu desespero...
Mãe é tudo o que de concreto o amor pode ter.
És a companhia da minha solidão...
Mas és, também, a razão
desta lágrima na minha face –
reflexo de saudade...
Na verdade
palavras nunca serão capazes de descrever o que és para mim...
Tento, ainda assim...
Tempo: ladrão fugaz...
Mas mais forte do que ele
e que tudo o que possa haver
há este alguém...
Nunca deixei de amar-te, Mãe!
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Concurso de Poesia "Dia da Mãe"
terça-feira, 15 de abril de 2008
Fernando Pessoa
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Dia Internacional do Livro Infantil
Quem estiver interessado na aquisição de algum exemplar deverá contactar as professoras responsáveis pelo projecto.
sexta-feira, 21 de março de 2008
Jesus

Este livro é uma abordagem cómica da vida de Jesus, supostamente o diário de um adolescente que passa por todos os "normais" problemas de um jovem. Cito umas breves passagens do livro e, já agora, boas leituras!
"25 de Dezembro de 9 dC
Querido Diário
Graças a Deus, sou por fim um adolescente! Acordei esta manhã na expectativa de me sentir diferente. Em verdade vos digo, durante este ano passado fartei-me de sonhar com o meu décimo terceiro aniversário e com o Bar Mitzvah, pois é neste dia que nós rapazes judeus somos tradicionalmente promovidos de crainças a adultos.[...]"
[..]
"10 de Fevereiro de 10 dC
Mal-aventurado sou, pois que o dia de hoje é provavelmente o pior da minha vida. A Setora Natan, a minha professora, fartou-se de gritar comigo por eu não prestar atenção e todos os grandalhões da turma davam risadinhas nas minhas costas, ansiosos poque chegasse o fim das aulas. As meninas, abençoadas sejam, estavam todas em competição, a ver quem me trataria das feridas após a tareia que tenho certa; mas não sei porquê, tanta solicitude não me fazia sentir muito melhor."
Fico por aqui, espero ter "aguçado o apetite" pela leitura deste livro "seriamente cómico".
segunda-feira, 17 de março de 2008
Boas leituras...
Esperamos poder contar com algumas novidades no regresso à actividade lectiva. Pelo menos mais alguns livros para nos fazer voar...